sábado, 1 de agosto de 2015

A pronúncia africana na nossa pronúncia

A inclinação do falante brasileiro em omitir a última consoante das palavras ou transforma-las em vogais: “falá”, “dizê”, “dirigî”, “Brasiu”, coincide com a estrutura silábica das em banto e em ioruba, que nunca terminam em consoante.


Na estrutura silábica dessas línguas africanas também não há o encontro consonantal, como ocorre na linguagem popular brasileira.

Ocorre a tendência de desfazer esse encontro e fazer uma nova sílaba ao se colocar uma vogal entre elas: sarava (salvar), fulô (flor), etc.

É considerado como de origem africana a semivocalização do “l” palatal (“lh” na nossa grafia), que se observa na pronúncia popular em algumas regiões do Brasil: 
muyé por mulher; fiyo por filho; paya por palha.

Outros aspectos importantes são os fenômenos de deglutinação e aglutinação de fonemas, como acontece com o "S" do determinante, que se incorpora à vogal seguinte, produzindo uma nova forma autônoma. Como, por exemplo, as palavras: zome (nascido de os home) , zarreio (resultado de os arreio) e zoto ( resultado de os outro)

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